MEMÓRIAS DE UMA MANICURE
OUVIR MÚSICA
Resumo
Memórias de uma Manicure é o quinto projeto da Bonecas Quebradas Teatro (www.bonecasquebradas.com.br), um grupo formado por atrizes que criam e produzem espetáculos feministas. Buscando formar novos públicos, e tendo como dispositivos de criação o amor e a luta por autonomia de mulheres trabalhadoras brasileiras, representadas em na peça pela manicure, o projeto investiga possíveis diálogos entre teatro e cinema, documentário e ficção, comédia noir e melodrama. Temas transversais também estão em cena, perpassando uma história inspirada em fatos reais e em questões até hoje presentes nas vidas de muitas mulheres entrevistadas pelas atrizes da peça, que mergulharam por dois anos em pesquisa de campo e historiográfica para a composição de uma dramaturgia original e inédita.
Produtos Culturais
Performances públicas em locais de comércio popular das cidades visitadas, intituladas Tiro suas camadas de esmaltes;
Espetáculo Memórias de uma Manicure;
Oficinas gratuitas, intituladas Instadrama, para manicures.
Sobre o espetáculo
Ao buscar explorar a complexidade de histórias simples, de gentes simples, representadas em cena por duas manicures, o projeto cerca temas caros ao grupo, como opressão social e de gênero, dando novas camadas às histórias contadas pela BQ Teatro desde 2007, ano de sua fundação. Ao feminino soma-se a vida operária e, pela primeira vez, o amor entre mulheres. Através da relação entre duas manicures, a peça consegue abordar questões como desejo, sonho e liberdade, ética e precarização do trabalho.
Sinopse
O enredo do espetáculo se inspirou em uma história verídica, ocorrida em 1958. A manicure Zulmira, vítima de violências constantes, matou o ex-companheiro dentro de uma delegacia. Foi presa no ato, mas solta em pouco tempo e considerada uma heroína por ter agido contra quem a ameaçava de morte. A partir daí, a autora Cecília Ripoll criou a trama que acompanha duas manicures: Marlene e Carmem. Marlene trabalha em um salão, cujo dono, S. Pacheco, viaja de férias para Mangaratiba. Ela detesta trabalhar lá, mas não tem opção. Seu único desejo é ganhar o grande prêmio dos Esmaltes Unhazita para poder criar sua própria marca de esmaltes. Na ausência do patrão, chega uma nova manicure auxiliar, Carmem. Com o passar do tempo, elas se tornam mais que amigas e confidentes. S. Pacheco não volta e é dado como desaparecido. Certo dia, conferindo o cupom dos Esmaltes Unhazita no jornal para saber se ganhou o prêmio, Marlene depara-se com uma foto idêntica à de Carmem em uma manchete policial. O texto diz: “Procura-se Zulmira, a manicure assassina – só mata de unhas feitas" . A recompensa é a mesma do prêmio. Ela terá, então, que decidir se entrega a colega ou não, escolhendo entre o sonhado empreendimento ou a nova vida que descobriu ser possível ao lado de Carmem.
Sobre as performances
Sentadas em duas cirandinhas de salão, dispostas em locais de comércio popular, as atrizes conversam com as pessoas que desejam parar para fazer as unhas e compartilhar questões pessoais.
Sobre as oficinas
Workshops para não atrizes, com 8h/aula, visa o compartilhamento de ferramentas teatrais para o desenvolvimento de habilidades expressivas e criativas com vistas à atuação em vídeos curtos no formato Reels.
Ficha técnica
Direção Artística: René Guerra
Dramaturgia: Cecília Ripoll
Dramaturgismo: Gabriele Rosa
Colaboração dramaturgismo: Igor Nascimento
Idealização e atuação: Carla Soares e Luciana Mitkiewicz
Direção de arte: Rocio Moure
Visagismo: Marcos Freire
Paisagem sonora: Bernardo Gebara
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Coreografias: Rafaela Amado
Produção executiva: Wagner Uchoa
Design gráfico: Flávio de Souza
Realização: Bonecas Quebradas Produções Artísticas